A utilização inadequada do celular no ambiente de trabalho é um assunto que a cada dia ganha mais relevância.
É fato que o acesso às novas tecnologias (redes sociais, WhatsApp e similares) interfere na concentração necessária ao bom desempenho das tarefas para as quais o empregado foi admitido, comprometendo a sua produtividade (Fonte: Fenacon.org)
Segundo pesquisa da consultoria Deloitte com 2.000 pessoas, o brasileiro tem passado tempo demais prestando atenção ao celular.
Mais da metade dos entrevistados afirmou usar o telefone quase sempre ou frequentemente enquanto conversam com amigos e familiares.
Além disso, 24% afirmam se distrair com frequência com o celular no trabalho.
Outra pesquisa, divulgada pelo Kaspersky, aponta que 79% dos brasileiros usam o celular para evitar conversas e 37% não conseguem se distrair sem o aparelho por perto.
O que diz a legislação sobre a proibição do uso do celular no ambiente de trabalho
Ainda não existem leis que regulem a utilização do celular em horário de expediente, contudo, o direito de proibição está inserido no poder diretivo do empregador.
Porém, um projeto de lei foi criado para que o assunto tivesse uma base legal.
Segundo o projeto de lei, de acordo com o Artigo 390-F, os aparelhos eletrônicos, incluindo celulares pessoais, ficam com uso proibido durante a jornada de trabalho, esta sofreu algumas mudanças com a Nova Reforma Trabalhista.
O que pode ser feito internamente
Pelas possibilidades de criação de regras internas visando a produtividade e até mesmo o bom senso do comportamento profissional, as empresas podem criar um regimento interno que abranja o assunto.
E para isso uma base em lei pode ser utilizada. (Fonte: Grupo Alliance)
Sendo assim, no contrato de trabalho, o empregador pode inserir uma cláusula referente à existência de regulamento interno.
Diante disso, o empregado tem de respeitar assim que admitido, o conhecendo por cópia antes da assinatura do contrato de trabalho.
Problema vai além do ambiente de trabalho
Um estudo publicado recentemente pelo Kaspersky, demonstrou que 79% dos brasileiros usam o celular para evitar conversas com outras pessoas.
Além de apontar que 37% dos usuários não sabe se distrair sem o aparelho por perto.
Outra pesquisa, publicada na Universidade Süleyman Demirel, na Turquia, sugeriu que jovens diagnosticados com transtornos mentais fossem monitorados em relação ao uso excessivo de celulares.
Como solucionar o problema
Pensando em solucionar o problema, tanto a Apple quanto o Google assumiram que a situação não é saudável.
Sendo assim, ambas as empresas lançaram seus respectivos manifestos e ferramentas para ajudar o usuário.
O manifesto Wellbeing, do Google, diz que quer “ajudar na criação de hábitos saudáveis para toda a família e ajudar cada um a manter o foco no que é mais essencial”.
Já o texto Screen Time, da Apple, quer ajudar o usuário a tomar decisões mais conscientes dentro do ambiente digital.
Ferramentas nativas para se monitorar o tempo gasto no smartphone foram lançadas tanto no iOS como no Android.
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Por: Audrey Faria
